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HISTÓRIA - A PRÉ-HISTÓRIA

 




Origens A História e a Pré-História




Num sentido muito amplo a história pode ser considerada a crônica do homem, desde o momento em que deixa de ser um simples animal para se tornar um ser humano. Os esforços para construir essa crônica normalmente são classificados sob dois títulos: a História e a Pré-história.


A História, num sentido estrito, estaria baseada em documentos escritos e que cobrem aproximadamente os últimos cinco mil anos de atividade humana. A Pré-história estaria baseada nos registros arqueológicos que abarcam todo o período anterior à escrita, aproximadamente há três ou quatro milhões de anos, com o aparecimento de seres humanos que passam a utilizar instrumentos e possuem características do homem atual.


Periodização da Pré-história.


Durante a Pré-história, usou-se mais amplamente a pedra para a confecção de objetos. Por tradição, divide-se a pré-história em dois grandes períodos: o Paleolítico (do grego paleo = antigo lithio= pedra, pedra antiga) e Neolítico (pedra nova). Existem alguns autores que identificam um período intermediário para algumas regiões, e que denominam Mesolítico (pedra intermediária).


O relato sobre a pré-história tem muito de conjetural, as datas são imprecisas, muitos aspectos permanecem ainda obscuros, e novas descobertas podem alterar os conhecimentos de que dispomos a respeito daquele remoto período da história do homem.


O período Paleolítico.


O período paleolítico corresponde ao que os pré-historiadores do século XIX designavam como “idade da pedra lascada”, por oposição a um período posterior, “idade da pedra polida”. O homem paleolítico conhecia o uso do fogo, vivia da caça e coleta. Não possuía agricultura nem animais domésticos, salvo talvez o cachorro. Tinha uma atitude econômica destrutiva (predatória), o que caracterizava a vida humana deste período como nômade, vivendo em grupos esparsos e com baixo crescimento demográfico. Construíram abrigos toscos e ocupavam cavernas. Sua roupa não era de tecido, mas de peles de animais. Suas ferramentas e utensílios eram de pedra, ossos e madeira. Não faziam uso de metais ou cerâmica. Nada se conhece sobre sua organização social.


Pinturas rupestres sugerem crenças sobrenaturais. Ocorrem nesse período as glaciações, obrigando o homem a migrações em busca de melhores condições de sobrevivência. O Mesolítico. Dá-se o nome de mesolítico às culturas intermediárias entre o Paleolítico e o Neolítico. Mantêm ainda utensílios de pedra lascada, mas tiveram aperfeiçoamentos, assinalando a passagem de uma economia de predadores (destruidores) para uma economia de produtores – associada à criação de animais e a uma rudimentar atividade agrícola em grupos humanos cuja subsistência residia na caça, pesca e coleta. Nem todas as regiões passaram por esse período. Verificou-se no Oriente Médio (Iraque e Palestina). Até 1865 o estágio de evolução humana que o Neolítico designava chamava-se “idade da pedra polida”. Com o progresso das pesquisas percebeu-se que o critério estritamente tecnológico (aparecimento do polimento da pedra e da cerâmica) não era suficiente para caracterizar este período. Ocorreram transformações, não só nos utensílios, mas nas bases da vida econômica, nos modos de vida, nas práticas funerárias, nas atividades profissionais, nas formas de expressão artísticas, de tal dimensão que o especialista australiano Vere Gorden Childe (1892-1957) chamou-a de “Revolução Neolítica” cuja importância pode ser comparada com a Revolução Industrial ocorrida na Inglaterra a partir de meados dos séculos XVIII.


 


1.     De Predador par Produtor: Agricultura e Pecuária. Desde suas origens, durante milhares de anos, o homem se comportava em relação à natureza como qualquer outro animal, vivia como um parasita: matava a caça, pescava, apanhava frutos, coletava plantas comestíveis, sem se preocupar com sua reprodução. A economia era essencialmente destrutiva, com todas as conseqüências que isto comporta: necessidade de se deslocar freqüentemente de acordo com o esgotamento dos recursos da natureza, vivia em grupos pequenos em função da disponibilidade de alimentos. No período Neolítico o homem passa do estágio de destruídos para pó de produto. Aprendeu a domesticar os animais que até então matava, no lugar de simplesmente coletar, pouco a pouco aprendeu a preparar o solo, semear, e colher. Apareceu a pecuária e a Agricultura. O homem cria pela primeira vez suas fontes de alimentos, a caça a pesca e a coleta são substituídas pela pecuária e agricultura.


2.     Conseqüências da Revolução Neolítica. As conseqüências da pecuária e da agricultura foram consideráveis. A partir de então os homens eram capazes de acumular reservas de alimentos, diminuindo a vida constantemente nômade associada à caça, pesca e coleta. Dizemos que ocorre uma sedentarização, ou seja, os grupos humanos tendem a se fixar em determinadas regiões onde praticavam a pecuária e a agricultura. O equilíbrio entre nascimentos e mortes tende a ser rompido. Com mais alimentos é possível alimentar mais pessoas, ocorre um sensível aumento da população. A procura de alimento deixa de ser uma preocupação do dia-a-dia, o que permite a alguns, tempo disponível para se dedicar a outras atividades. Ocorre uma divisão das atividades do trabalho: alguns se dedicando à pecuária, outros à agricultura, outros à produção de utensílios, outros ainda dedicam –se à pesca, caça e coleta. Aumenta o grau de dependência entre os homens e com isto aumenta a união entre as famílias, aos poucos tomam consciência que um de pende do outro. Iniciam as trocas, o comércio.


3.     Características e Difusão do Neolítico. Entre os traços característicos do Período Neolítico, destacam-se os seguintes: · Presença da pecuária e/ou agricultura; · Desenvolvimento de cerâmica; · Produção de utensílios de pedra polida; · Início do processo de sedentarização do homem. Deve-se lembrar que a Revolução neolítica não ocorreu simultaneamente em todos os lugares e ao mesmo tempo ou com todas as características enunciadas. Houve variação no tempo, no espaço e no alcance das transformações. Ao que todo indica existiram alguns núcleos iniciais a partir dos quais ocorreu um processo de difusão dos novos modos de vida. A zona nuclear do Neolítico teria sido o Oriente Médio na região que envolve a Península do Sinai, a Palestina, o norte da Síria e a Mesopotâmia – conhecida como “Crescente Fértil”, por volta de 10000 a.C. Ao término do Período Neolítico entramos na fase da história propriamente dita. Desenvolvem-se as primeiras civilizações e os Homens passam a utilizar metais na fabricação de seus utensílios. Inicialmente usou-se o cobre e o bronze (uma liga de cobre e estanho), dando origem à chamada Idade dos Metais. A partir de um certo momento o ferro substitui aqueles metais. Em algumas regiões da Ásia, Europa e África o uso do ferro tem inicio por volta de 2000 a.C.


4.     O desenvolvimento das Instituições: a Família e o Estado. Paralelamente ao processo técnico no Período Neolítico que se criam, desenvolvem e se consolidam algumas instituições importantes das sociedades humanas. Uma delas foi à família, uma unidade composta de pais e filhos, servindo como elementos de proteção, divisão do trabalho, transmissão de conhecimento e de bens. Outra instituição desenvolvida foi o Estado. Pode ser definido como uma sociedade organizada que ocupa um território, possui um governo independente do controle externo e por isso soberano, que exerce o uso da violência, podendo punir aqueles que transgridem as regras de convivência estabelecida.


5.     O Aparecimento das Cidades e da Civilização. O sucesso da agricultura permitiu às populações se estabelecerem numa determinada área por longo período, e também resultou num aumento do tamanho dos agrupamentos humanos. O sistema sedentário e vida de alguma maneira facilitou o crescimento da complexidade cultural, da transmissão de experiências. Os primeiros estabelecimentos agrícolas se constituíram em pequenas vilas que abrigavam no Maximo cem ou duzentas pessoas. Entretanto, sob circunstâncias favoráveis, poderia haver um aumento da população, como no oásis de Jericó, onde ainda hoje existem registros de um muro fortificado que foi erguido em 7000 a C. Milhares de anos depois, uma outra grande transformação ocorreu. Em Partes diferentes do mondo, aparecem as cidades, centros de população com uma área construída maior, como nas cidades de Sumer, e Ninive, na Mesopotâmia. Estes novos estabelecimentos não eram simples aglomerados de pessoas. Eram sociedades de um novo tipo, dispunham de uma forma organizada de governo central, tinham um governante, uma administração. Com esta forma de organização social ocorreram novas conquistas para os homens. A tecnologia, técnicas de construção, calendários para medir o tempo, a escrita, enfim, aparecem as primeiras civilizações.








 


FONTE: TEXTO EXTRAIDO DA APOSTILA DO CURSINHO ETAPA DE 1990, REFERENTE HISTÓRIA ANTIGA.